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Quentin Tarantino e Brian de Palma fazem referência aos grandes mestres? Sim. São plagiadores? Óbvio que não. Plágio (pago e consentido) é o Lata Velha do Luciano Huck em cima do Pimp my Ride da MTV. Esses dois diretores simplesmente fazem das suas referências algo explícito e escancarado. Tarantino se diverte filmando Sergio Leone com espadas ao invés de revólveres. De Palma reverencia Hitchcock de forma trash e jocosa em inúmeros filmes. Os caras mandam bem brincando com o trabalho dos outros e não devem ser menos respeitados por isso (apesar de De Palma estar quilômetros à frente de Tarantino).
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Com essa história do curta que rodarei em agosto ser um plano sequência, tenho revisto alguns filmes clássicos e nem tão clássicos. Irreversible foi um deles. Aprendi muito com o making of. Podem falar que o filme é grotesco, nojento, ruim, pútrido, etc, mas raramente o plano sequência foi tão bem usado, coreografado e do cacete. Estamos numa democracia, respeito o gosto alheio e admiro tremendamente a individualidade crítica de cada um, mas, quem acha esse filme ruim é um babaca. Ou, eu sou um babaca (que é algo bem plausível).
Vi também Blow Up de Michelangelo Antonioni. Meu filme se passa no meio da floresta da Tijuca e, apesar da diferença de estilo, os planos sequência no parque inglês foram bastante inspiradores.
Meu assistente de direção lembrou hoje de Shining/O Iluminado do Stanley Kubrick. Sem dúvidas não poderia me esquecer de assistir a essa joia. Talvez amanhã.
Preciso ainda rever The Man with the Golden Arm do Otto Preminger com um Frank Sinatra fazendo um junkie de heroína. Enfim, tenho que ver ainda várias coisas.
Os mestres estão aí para isso; para nós plagiarmos. Quer dizer, nos inspirarmos.
foto: Wes Anderson na sua loja de taxidermia preferida (Paris) por Andrew Eccles da NY
Magazine. Olha os lugares que a criança gosta de frequentar...
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